sábado, 19 de março de 2016

Conferência 5 - Metabolismo dos Lipídeos

Características: insolúveis em água, são hidrocarbonetos e formam CO2 e H20 pobre.

Principais lipídeos
* ácido graxo > longas cadeias de C e H com um COOH na extremidade
* triglicerol > moléculas do álcool glicerol ligadas a 3 moléculas de ácidos graxos; são óleos e gorduras; reserva energética, isolante térmico
* fosfolipídeo > componente das membranas celulares; glicerídeo combinado com fosfato;
* esteroide > 4 anéis carbônicos + H + O; exemplo: colesterol
*glicolipídeo > lipídeo + carboidrato

Estrutura dos Triglicerídeos
glicerol + ácidos graxos > C55H98O6
os ácidos graxos podem ser saturados, monoinsaturados ou poliinsaturados

Digestão dos Lipídeos
Boca: apenas produção de lipase lingual (inativa)
Estômago: lipase gástrica
Intestino: emulsificação de gorduras (bile + peristaltismo) e lipase pancreática (age no triglicerídeo- micela, quebrando em ácidos graxos livres e monoacilglicerol); Observação: os monoacilgliceróis movem-se para fora das micelas e entram nas células por difusão
Absorção dos produtos finais (ácidos graxos livre + colesterol + monoglicerol) na mucosa intestinal através de micelas mistas .
Observação: os ácidos graxos de cadeia curta/média não precisam se incorporar às micelas entra, direto no sangue.

Micelas mistas
Formadas para absorção dos lipídeos
Agregados de lipídeos anfipáticos
Lipídeos + sais biliares
Sais biliares por fora (hidrofílica) e lipídeos por dentro (hidrofóbica)

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
 Ação da Bile
- emulsificação das gorduras (fragmenta e solidifica)
- é armazenada na vesícula biliar 
- controle da digestão dos lipídeos: sua presença estimula a produção do hormônio colecistocinina (CCK) pelas células da mucosa intestinal (enterócitos).
Ação da CCK
- estimula a produção de bile pelo fígado
- estimula a contração da vesícula biliar que armazena a bile
- estimula a produção da lipase pancreática pelo pâncreas
- retarda o esvaziameto gástrico 

- Após a absorção, ocorre a remontagem/ressíntese dos lipídeos (re-empacotamento) e formação/montagem dos quilomícrons.

Quilomícrons
triglicerídeos envolvidos por uma capa de proteínas solúveis
triacilglicerol + éster do colesterol + proteínas
possui fosfolipídeos e aminoácidos
vai para o sistema linfático

- Lipídeos (triacilglicerois dos quilomícrons) chegam aos tecidos (adiposo ou muscular) e são hidrolisados.

Destinos dos Lipídeos
1. entram diretamente nas células musculares para gerar energia ou nos adipócitos para serem armazenados.
2. transportados pelo sangue unidos à albumina para outros tecidos.
3. para o fígado para gerar glicose com a gliconeogênese.

Lipoproteínas
Proteínas sanguíneas encarregadas do transporte de diversos lipídeos
*Quilomícron: conduz gorduras das alimentação + triglicerídeos
*VLDL: conduz pelo sangue os triglicerídeos produzidos no fígad
*LDL: lipoproteína de baixa densidade; conduz pelo sangue excesso de colesterol produzido, para vasos e tecidos periféricos; no caso de ato teor lipídico no sangue, ele passa a depositar na parede dos vasos sanguíneos, ocasionando a aterosclerose, por isso chamado de "colesterol ruim".
*HDL: lipoproteína de alta densidade; remove o excesso de colesterol no sangue dos tecidos e vasos e traz pro fígado para a produção de sais biliares, por isso é benéfica - "colesterol bom"; possui alto teor de proteínas.

Degradação completa dos ácidos graxos
1ªetapa: beta oxidação
2ªetapa: ciclo de krebs
3ªetapa: cadeia transportadora de elétrons
Catabolismo Celular dos Lipídeos ou Beta Oxidação
- Início da degradação dos ácidos graxos
- Maior parte dos ácidos graxos estão no tecido adiposo e dentro dos triglicerídeos
- Jejum: ácidos graxos no plasma, ligados à albumina no sangue, vindos do tecido adiposo
- Podem ser degradados/oxidados por vários tecidos (fígado e músculo) para gerar energia
- Ácidos graxos trazidos pela albumina,ao chegarem nos hepatócitos ou miócitos ativos, precisam sofrer ativação para que cheguem à matriz mitocondrial e sofram ação das enzimas da beta oxidação (via de degradação dos ácidos graxos).
- Ocorre nas mitocôndrias
- Fragmentos de dois C são removidos do ácido graxo > produção de acetil Co.A, NADH e FADH2 
- Lançadeira de carnitina: via para a entrada de ácidos graxos na mitocôndria (aqueles de cadeia curta não precisam dessa via); o grupamento Co.A é hidrofílico (polar) e não pode atravessar a membrana mitocondrial interna; 
- O ácido graxo chega na mitocôndria ligado a acetil Co.A ocorre a degradação pela beta oxidação.
- Enzimas na matriz da mitocôndria quebram o ácido graxo retirando pedaços de 2 C ( ou seja, acetil Co.A)
- Algumas enzimas, como a desidrogenase, retira 4 H dos ácidos graxos e entregam pro 2 pro NAD+ e 2 pro FAD.

Produção Energética/Catabolismo Energético
- Entra no ciclo de krebs e finaliza a degradação de lipídeos
- Os acetil Co.A são oxidados até CO2
- Os hidrogênios são entregue ao NAD+ e FAD
- NAD.H e FADH2 transferem elétrons na CTE até o O2 e realizam fosforilação oxidativa, gerando ATP e H2O.

Insulina
- hormônio liberado quando a glicose está alta no sangue.
- inibe a quebra dos triglicerídeos armazenados no tecido adiposo (adipócitos) .
- inibe a ação da lipase.
- na sua ausência (baixa glicose), os hormônios epinefrina (exercício físico)  e glucagon (jejum, poucos carboidratos) são liberados e ativam a degradação dos triglicerídeos.
- a lipase hormônio sensivel (LHS) é estimulada e degrada o triglicerídeo no adipócito.
- ácidos graxos saem dos adipócitos, ligam-se à albumina para serem levados pelo sangue para vários tecidos.

Corpos Cetônicos
- O acetil formado na beta oxidação pode gerar energia ou ser convertido em corpos cetônicos no fígado, transportados para tecidos pelo sangue para fornecerem energia.
- Hálito cetônico: acetona (poucas quantidades) é exalada 
- O cérebro utiliza apenas glicose, mas na fome pode se adaptar, obtendo energia através dos corpos cetônicos.
- Jejum prolongado ou diabetes não tratado: ciclo de krebs doa seus intermediários para produção de glicose (que está baixa); gorduras bastante degradadas no fígado produzindo muitos corpos cetônicos, que vão para o sangue, ocasionando cetoacidose, que pode levar ao coma e a morte
- Excesso no sangue: cetonemia
- Eexcesso na urina: cetonúria

Excesso de Carboidratos
Eles não podem ser degradados/oxidados nem armazenados em glicogênio, por isso a glicose se converte em ácido graxo para ser estocado em triacilglicerol.

 Excesso de Ácidos Graxos
> nem todos são absorvidos pelos adipócitos
> vão para o fígado, onde são convertidos em triacilgliceróis
> junto com os triacilgliceróisproduzidos pelo excesso de carboidratos, álcool e proteínas da alimentação, formam o VLDL que são transportados de volta aos adipócitos.

Lipídeos e exercícios: aumento da ativação da lipase hormônio sensível e lipase pancreática, devido ao aumento da liberação de catecolaminas e glucagon, ocasionando maior utilização dos lipídeos como combustível.

Colesterol
Um dos principais esteroides
Presente apenas nos animais (ovos, carnes, leite e derivados) e em todas as células do corpo
Produzido a partir do acetil Co.A
Está associado ao infarto do coração e outras doenças do sistema cardiovascular
Funções: 
* precursor de sais biliares
* precursor de vitamina D (colecalciferol) 
* precursor dos hormônios do córtex da adrenal (estrógenos, andrógenos e progesterona) 
* componente das membranas celulares de animais

Doenças Cardiovasculares
Susceptibilidade ao infarto do miocárdio 
Fatores de risco que podem ser controlados: 
*elevação do colesterol: maior concentração lipídica no sangue está associada ao desenvolvimento prematuro de doenças ateroscleróticas; ingestão de ácidos graxos saturados está relacionada com o nível de
colesterol, e este com a incidência de infarto do miocárdio
* lipídicos séricos
* pressão arterial alta
* tabagismo
* sedentarismo
Fatores de risco que não podem ser controlados: 
* carga genética
* tipo de personalide
Aterosclerose: deposição de lipídeos nas paredes das artérias com perda de sua elasticidade, o que pode resultar em doenças cardiovasculares, causar infarto do coração e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Conferência 4 - Metabolismo dos Carboidratos

- Reações enzimáticas não ocorrem isoladas na célula.
- Diferentes vias podem ter pontos em comum.

Metabolismo
Rede de ações
*via catabólica: degradação
ADP, NAD+ e FAD -------> ATP, NADH e FADH2
*via anabólica: síntese
  
Carboidratos 
Glicídeos, polissacarídeos ou açúcares
São as moléculas mais abundantes na natureza
Função: energética (ex: glicose), estrutural (ex: quitina, celulose; pois participa da arquitetura corporal dos seres vivos), de sinalização (açúcares da membrana celular).
Glicídeos = Hidratos de C = açúcares
De forma química: C + H + O = CH2O

Classifiicação pelo tamanho
Monossacarídeos: açúcar simples, 3 a 7 C, apresenta-se na forma cíclica e termina com OSE (glicose, frutose e galactose).
Oligossacarídeos: união de poucos monossacarídeos, o mais comum é o dissacarídeo; lactose (glicose+galactose), sacarose (glicose+frutose) e maltose (glicose+glicose).
Polissacarídeos: união de muitos monossacarídeos, são macromoléculas; não possui sabor doce (ex: amido, glicogênio, celulose e quitina)

Polissacarídeos Vegetais
*amido: armazena carboidrato das plantas e é a sua principal substância de reserva energética (está no milho e em grãos)
*fibras: ricas em celulose, não são degradadas pelas enzimas humanas e faz parte da estrutura das plantas.

Polissacarídeos Animais
*glicogênio: são várias glicose, armazenadas no músculo e fígado de mamíferos e é a melhor forma de armazenar  carboidratos.

Digestão dos Carboidratos
Boca: amilase salivar ou ptialina (transforma amido, lactose, sacorse e celulose em dextrinas do amido, isomaltose, maltose, lactose, sacarose e celulose)
Estômago: a amilase continua ativa depois é inativada
Pâncreas: amilase pancreática (transforma em isomaltose, maltose, lactose e sacarose)
Enzimas ligadas à membrana das células da mucosa (isomaltAse, maltAse, lactAse e sacarAse) digerem através do suco entérico, transformando em glicose, frutose e galactose que entra na circulação porta e vai para o fígado.
Observação: a celulose sai do corpo , porque a absorção de carboidratos no corpo é apenas dos monossacarídeos por transportadores específicos.

Abastecimento de Carboidrato/Glicose
Reservas: degradação de glicogênio no fígado e músculos para liberar energia.
Alimentação: possui diversos nutrientes, entre eles, os carboidratos.
Síntese: a partir de outros metabólitos (aminoácidos, glicerol, piruvato e lactato) ocorre a produção de glicose.

Destinos da Glicose no organismo
*Sangue: para repor glicose sanguínea
*Armazenamento: em forma de glicogênio, através da glicogênese
*Degradação: glicólise a fim de gerar energia/ATP
*Excesso de glicose: produção de ácidos graxos para gerar lipídeos
*Degradação alternativa: via das pentoses para formar outros açúcares (ribose) e NADPH ----> nucleotídeos (Dna e Rna).
Observação: os outros monossacarídeos podem ser convertidos em glicose.

Visão geral do catabolismo energético
polissacarídeos ---> monossacarídeos ---> piruvato ---> acetil CoA ---> ciclo do ácido cítrico ---> liberação de ATP E CO2 ---> cadeia transportadora de elétrons ---> liberação de H2O e ATP

Resumo da degradação da glicose
C6H12O6 
Carbono e Oxigênio se juntam formando CO2 que é liberado na respiração
Hidrogênios são entregues para o NAD.H que descarregam pro NAD gerando ATP; depois os H livres se ligam ao O2 formando H2O que será eliminada pelo suor e urina.

Degradação/Oxidação dos Carboidratos
glicólise -----> ciclo de krebs -----> cadeia transportadora de elétrons

Glicólise
-ocorre no citoplasma das células
-objetiva gerar um pouco de energia/ATP e compostos para outras vias
-monossacarídeos obtidos da alimentação (glicose, frutose e galactose) podem seguir essa via
-pode ocorrer com ou sem Oxigênio
-processo anaeróbio
-Resultado: glicose (6C) ------> 2 piruvatos (3C)
-NAD E FAD: são transportadores de H (armazenam temporariamente); ligam-se aos H (porque são aceptores de hidrogênio) tirados da glicose na degradação; descarregam o H na mitocôndria.
-Saldo desta via metabólica: gasto de 2 ATPs, produção de 4 ATPs, 2 NAD carregados com 4 H (2 NAD.H), 2 piruvatos.
-Destino do piruvato: o transportador leva o piruvato para a mitocôndria e lá ele sofre uma reação de quebra
-Condições aeróbias :1 piruvato (3C) -----> 1 acetil Co.A (2C) -----> ciclo de krebs -----> CO2, H2O e 32 ATP; Observação: o C que saiu (era 3 virou 2) foi eliminado como CO2.
-Condições anaeróbias: fermentação alcoólica (etanol e CO2) e lática (lactato).
-A enzima só atua na presença de 4 vitaminas
-O acetil Co.A entra no ciclo de krebs.

Ciclo do Ácido Tricarboxílico
-processo aeróbio, apesar de não usar oxigênio em sua reações
-também chamado de ciclo de krebs ou ciclo do ácido cítrico
-ocorre na matriz da mitocôndria
-Resultado: C eliminados na forma de CO2; H carregados pelo NAD ou FAD; geração de um pouco de energia.
-3 NADH, 1 FADH2 e 1 GTP
-NAD.H e FAD.H2 carregados precisam ser descarregados, ou seja liberar os H.

Cadeia Transportadora de Elétrons
-processo aeróbio, apesar de não usar oxigênio em suas reações
-catabolismo energético: degradação dos alimentos ricos em energia
-retirada dos Hidrogênios dos carboidratos  pelo NAD+ E FAD
-esses H são entregues para a CTE (grupo de proteínas na mitocôndria) na membrana interna da mitocôndria (cristas mitocondriais)
* 5 Complexos de Proteínas: 
1, 2, 3, 4 (função: transporte); transportam elétrons do Hidrogênio até o Oxigênio, formando H2O que será liberado como suor e urina.
5 (função: síntese); produz ATP.
-Os Hidrogênios trazidos pelo NAD.H e FAD.H2 se separam em prótons (carga positiva) e elétrons (carga negativa); os elétrons são entregues na CTE e os prótons (H+) são armazenados no espaço entre as membranas.
-O NAD.H descarrega no complexo 1 e o FAD.H2 no complexo 2; por isso o NAD produz mais ATP do que o FAD.
-Cada complexo pode receber e doar elétrons, que são trocados entre os complexos e alguns carreadores de elétrons móveis.
-No final, os elétrons se juntam com o O2 e com os prótons (H+).
-Os H  que estão entre as membranas precisam voltar, no entanto só podem voltar pela ATPase, que fazem um movimento de "giro", liberando energia, ou seja, promove a transformação de ADP em ATP. 

Diferença entre o NAD+ e o FAD
- Com o NAD há produção de 2,5 ATPs, já com o FAD, há produção de 1,5 ATPs

Síntese de ATP
Os prótons (H+) são bombeados para o espaço entre as membranas da mitocôndria, que gera um gradiente elétrico (mais cargas positivas), gerando uma energia capaz de sintetizar ATP pelo ADP

Na ausência de O2
-glicose ---> 2 piruvato ---> 2 lactato ---> 2 ATPs
-o ciclo de krebs e a cadeia transportadoras de elétrons são interrompidos; não há como descarregar/oxidar os NAD.H e FAD.H2
-lactato vai para o fígado através do sangue e é convertido em piruvato e glicose


Saldo Final: glicose gerou o piruvato que produziu 7 ATPs; o piruvato gerou o acetil Co.A que produziu 5 ATPs; o acetil Co.A foi para a Cadeia Transportadora de Elétrons produzindo 20 ATPs = 32 ATPs!
Explicação:
-na glicólise quando a quebra vem da glicose e não do glicogênio, 2 ATPs são gastos; são produzidos 4 ATPS; há produção de dois NADH, cada um com o valor de 2,5. Ou seja: 4 -2 + 2 x 2,5 = 7 ATPs.
-a transformação de piruvato em Acetil CoA, produz 2 NADH. Ou seja, 2x2,5 = 5 ATPs
-o ciclo de krebs inicia-se com a ligação entre o Acetil CoA e o oxaloacetato; ao término do ciclo, foram produzidos 3 NADH, 1 FADH e 1 GTP. Ou seja: 3 x 2,5 + 1 x 1,5 + 1 = 10. Como foram formados 2 Acetil CoA, multiplica-se esse valor por 2 -> 10 x 2 = 20 ATPs
-Saldo energético: 7+5+20= 32 ATPs
Outras rotas metabólicas dos Carboidratos
* Produção de glicogênio: glicogênese; armazendo principalmente no fígado e músculo; enzima necessita de ATP.
* Degradação de glicogênio: glicogenólise; libera a glicose que vai para o sangue e outras vias;
No fígado: quebra e libera glicose para o sangue
No músculo: quebra e libera glicose, gernado energia
* Gliconeogênese: formação da glicose por outros compostos (aminoácidos, lactato, glicerol dos triglicerídeos, etc...); no sono profundo: 90% no fígado e 10% os rins

Quando sintetizar ou degradar? 
* Fígado:
corpo bem alimentado (muita glicose) > deve sintetizar
corpo em jejum  (pouca glicose) > deve degradar
* Músculo esquelético:
corpo em repouso > deve sintetizar
corpo em exercício > deve degradar


Observação:
Vídeos para compreender melhor o metabolismo dos carboidratos
Glicólise: https://www.youtube.com/watch?v=2wih8fPG7Ik
Ciclo de Krebs / Ciclo do Ácido Cítrico: https://www.youtube.com/watch?v=6H792kcL5pQ
Cadeia Transportadora de Elétrons / Cadeia respiratória / Fosforilação Oxidativa: https://www.youtube.com/watch?v=Fm2Ydd2ArT0

sexta-feira, 18 de março de 2016

Conferência 3 – Desenvolvimento Embrionário e Origem da Vida

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Períodos pré-natais: pré-embrionário, embrionário e fetal

Inicia-se com a gametogênese:
Meiose leva a reprodução > células germinativas (diploides, 46 cromossomos) originam gametas (células haploides, 23 cromossomos).
Espermatogênese e ovocitogênese

Capacitação do espermatozoide: aumento da motilidade do flagelo e capacitação para o espermatozóide sofrer a reação acrossômica.
le aumenta bastante a motilidade do flagelo, e como ganhar dinheiro em casa torna o espermatozóide capaz de sofrer a reação acrossômica.
le aumenta bastante a motilidade do flagelo, e como ganhar dinheiro em casa torna o espermatozóide capaz de sofrer a reação acrossômica.
le aumenta bastante a motilidade do flagelo, e como ganhar dinheiro em casa torna o espermatozóide capaz de sofrer a reação acrossômica.

Ovulogênese
Características do Folículo Maduro, Folículo Terciário ou  Folículo de Graaf:
·         Tecas externa e interna
·         Antro folicular
·         Cumulus Oophurus
·         Corona Radiata
·         Zona Pelúcida
·         Ovócito 2

Ovulação
Ovócito secundário liberado na tuba uterina
Formação do corpo lúteo para preparação do endométrio, pela produção de estrógeno e progesterona.

Fecundação
Ocorre na ampola da tuba uterina
Passagem do espermatozoide através da corona radiata e zona pelúcida, pelas enzimas hialuronidase e acrosina; reação acrossômica.
Pró-núcleo feminino + pró-núcleo masculino – fusão dos pró-núcleos – formação do zigoto – clivagens do zigoto – mórula – blástula.
Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
Período Pré-Embrionário
Zigoto
Célula única; é diploide pois possui 46 cromossomos; originará todas as células do corpo humano por mitoses; forma-se na tuba uterina, após 30horas da fecundação.
Clivagens do zigoto: divisões formam os blastômeros e não aumentam de tamanho.

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
Mórula
Massa compacta de blastômeros, envolvida pela zona pelúcida, por isso continua do mesmo tamanho; forma-se após 3 dias da fecundação; cai no útero e torna-se blástula.
Blástula
Blastocisto inicial – embrioblasto, trofoblasto, blastocele e zona pelúcida.
Blastocisto tardio – embrioblasto, trofoblasto, blastocele e degeneração da zona pelúcida.
Nidação: implantação do blastocisto no endométrio.
Trofoblasto se divide em citotrofoblasto, originando o sincíciotrofoblasto que vai penetrar no endométrio; relação com o HCG.
No final da 1ª semana de desenvolvimento o blastocisto está inicialmente implantado no endométrio e há formação do hipoblasto.
Na 2ª semana de desenvolvimento há formação do disco embrionário bilaminar/disco germinativo bidérmico/2 folhetos embrionários (epiblasto e hipoblasto), e das estruturas extra-embrionárias/anexos embrionários:
*Âmnio – bolsa membranosa que contém o líquido amniótico que protege o embrião.
*Saco vitelínico – vem do hipoblasto, transfere nutrientes e O do sangue materno para o embrião.
No final da 2ª semana ocorre a formação do córion e a implantação total do blastocisto no endométrio.

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
Gástrula
No início da 3ª semana de desenvolvimento, ocorre a transformação do disco bilaminar em disco trilaminar.
Nêurula
Formação da placa neural e pregas neurais; depois, fechamento dessas estruturas para gerar o tubo neural, pelo ácido fólico > início do Sistema Nervoso Central.

Observação: o disco trilaminar
*Endoderma – formará o epitélio de revestimento.
*Mesoderma – formará tecidos conjuntivo, cartilaginoso, ósseo, muscular, sanguíneos e dos rins, ovários e testículos.
*Ectoderma – formará o sistema nervoso, epitélios sensoriais do olho, nariz e orelha, epiderme e seus anexos, glândulas mamárias, hipófise, subcutâneas e esmalte do dente.
Organogênese – formação dos órgãos do corpo.
Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho


Período Embrionário
Da 4ª a 8ª semana de desenvolvimento
Na 4ª semana:
Embrião quase reto e depois em forma de C, surgimento dos brotos dos membros, cauda atenuada, formação dos sistemas cardiovascular e digestivo primitivo.
Na 5ª semana:
Crescimento da cabeça excede o de outras regiões (encéfalo), raios digitais (primórdios dos dedos), movimentos espontâneos.
Na 6ª semana:
Formação das regiões do cotovelo e pulso, raios digitais visíveis, desenvolvimento dos membros superiores primeiro do que os membros inferiores, pigmento de retina.
Na 7ª semana:
Chanfraduras nas mãos (futuros dedos), ondas cerebrais registradas pelo eletroencefalograma.
Na 8ª semana:
Mãos parece nadadeiras, chanfraduras nas placas dos pés, plexo vascular do couro cabeludo, separação e alongamento dos dedos, movimentos voluntários, cabeça desproporcional e grande, olhos abertos.
Fim do período embrionário: crescimento do embrião a partir de uma única célula para milhões de células formando mais de 4000 estruturas diferentes; possui 90% dos órgãos dos adultos.

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Fatores que influenciam no desenvolvimento embrionário e fetal: tabagismo e drogas.
Síndrome Fetal do Álcool: defeitos físicos e mentais encontrados no nascimento, resultados dos consumo de álcool durante a gravidez; crescimento tardio, intelecto reduzido, maior risco de morte na infância.

Principais métodos contraceptivos: reversíveis e irreversíveis; químicos e mecânicos.
*Coito interrompido
*Tabelinha
*Camisinha
*Diafragma
*Pílula anticoncepcional
*Dispositivo intra-uterino (DIU)
*Vasectomia
*Laqueadura
Observação: as pílulas anticoncepcionais não oferecem proteção contra as DST’S.
Anticoncepcionais orais: inibição da secreção de FSH E LH pela hipófise, por isso não ocorre a ovulação.
Pílula do dia seguinte: impede a ovulação (se ainda não tiver ocorrido) ou impede que o embrião se implante na parede uterina.
Aborto: interrupção da gravidez devido à morte do embrião ou do feto. 
Questões éticas: quando a vida começa? Teorias médicas X Teorias religiosas; risco de morte para as mães; permitido no Brasil (casos de estupro e anencefalia).
Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Conferência 2 – Ciclo celular

Divisão celular
Fenômeno básico que transforma uma simples célula (zigoto) em um ser vivo completo.

Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Desenvolvimento humano
Zigoto > divisão celular > migração celular > crescimento celular > diferenciação celular > ser vivo

Objetivo das divisões
*crescimento dos organismos; eucariontes completos (por exemplo, humanos), se originam a partir de 1 célula; espermatozoide + óvulo = zigoto.
*regeneração de partes danificadas
*formação de gametas

DNA ou ácido desoxirribonucleico
Armazena informação genética, formado por nucleotídeos que formam os cromossomos, possui açúcar (pentose), sua estrutura é formada por duas fitas entrelaçadas que formam um dupla hélice, possui bases nitrogenadas (adenina - timina, citosina - guanina) ligadas por pontes de hidrogênio.
Cromossomo na metáfase, ou seja, após a duplicação, possui 2 cromátides, 1 centrômero (região de constrição), e fibras de cromatina constituídas de Dna e proteínas.

Fecundação
Óvulo fertilizado por um espermatozoide; união e material genético;
Pró-núcleo masculino + Pró-núcleo feminino > haploides e cada um com 23 cromossomos.
= Núcleo > diploide e com 46 cromossomos.

Ciclo celular
É onde as divisões celulares ocorrem 
Processo complexo e rigidamente controlado
Reprodução das células é a duplicação do seu conteúdo e sua divisão em 2.

*Fases
Interfase: está entre as divisões; crescimento, desenvolvimento e preparação da célula para uma nova divisão; pontos de divisão/pontos de verificação/pontos de checagem são aqueles que evitam a proliferação de células defeituosas, garantindo a progressão do ciclo celular.
Fase M: divisão celular ativa; mitose (separação dos cromossomos) + citocinese (divisão do citoplasma).

Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
 *Subfases da Interfase
G1: crescimento e desenvolvimento celular; a não divisão é na G0, o ponto de verificação é na G1/S
S: duração de 9 horas; síntese e duplicação de Dna (cada cromossomo com 2 cromátides); cromossomos relaxados.
G2: preparação para divisão; acontecimento de alguns  eventos como a síntese de microtúbulos; o ponto de verificação é na G2/M (verifica danos ao Dna).

Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
 Duplicação de Dna
hipótese semiconservativa; inicia em vários pontos ao mesmo tempo.

Erros 
1. base incorreta adicionada > proteínas do complexo de replicação retiram essa base > Dna polimerase adiciona a base correta > replicação continua.
2. proteína mal-pareada e não editada > proteínas do reparo de não-pareamento retiram esse base e outras adjascentes > Dna polimerase adiciona as bases corretas.
As enzimas estão reunidas num complexo chamado de replissomo que coordena as reações para a replicação do Dna.

Divisão Celular
Ocorre após a duplicação do material genético.

Mitose
Prófase: cromossomos condensados, cada um com 2 cromátides, formação do fuso mitótico
Pró-metáfase: membrana desintegrada, ligação entre microtúbulos e cromátide
Metáfase: cromossomos alinhados
Anáfase: cromátides-irmãs separadas e em polos opostos
Telófase: membrana nuclear e cromossomos relaxados.
Citocinese: divisão do citoplasma entre as duas células-filhas


Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
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Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
Consequências:
*uma célula gera 2 células idênticas com relação às estruturas genéticas (síntese exata da molécula de Dna).
*cada célula-filha possui conjunto completo de cromossomos, ou seja, sem redução ou aumento.
Reprodução sexual: embaralhamento das informações genéticas entre os dois genitores
Gera uma grande variedade genética; possui dois processos, a produção de gametas e a fertilização.

Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Meiose 1
Exemplo: produção de gametas
Inclui duas divisões celulares
Prófase: é a mais longa; condensação dos cromossomos e formação do fuso, pareamento dos cromossomos homólogos, crossing over e desintegração da membrana nuclear.
Crossing over: é uma permutação, troca de material genético; quebra e ligação de cromátides adjascentes possui dois quiasmas (coesão entre as cromátides-irmãs) o que mostra a evidência das trocas de cromátides; gera novas combinações genéticas.
Metáfase, Anáfase e Telófase.
Obs: Na anáfase, não são as cromátides que se separam e sim os cromossomos homólogos.

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho

Meiose 2
É semelhantes à mitose.
Profáse: recondensação dos cromossomos.
Metáfase: alinhamento dos cromossomos individuais na placa equatorial.
Anáfase: separação das cromátides-irmãs e movimentação para os polos opostos.
Telófase: chegada dos cromossomos aos polos do fuso e citocinese.
Consequências:
*uma célula gera 4 células.
*células haploides (número de cromossomos reduzidos pela metade)
*células geneticamente diferentes, decorrentes do crossing over e da distribuição aleatória dos cromossomos.

Livro Biologia das Células - Amabis e Martho
Fases da Meiose. Fonte: Livro Biologia das Células - Amabis e Martho





Gametogênese
Espermatogênese
1 Espermatogônia (2n) > 1 Espermatócito primário (2n) > 2 Espermatócitos secundários (1n) > Cada um forma 2 Eespermátides > 4 Espermátides (1n) > Espermatozóides
Ovocitogênese
1 Ovogônia (2n) > Ovócito primário (2n) > Ovócito secundário e 1º glóbulo polar > Ovócito (1n) e 2º glóbulo polar

Problemas no ciclo celular
Pontos de verificação (check points).
Em erros graves a célula é morta.
Quando os problemas são nos pontos de verificação/pontos de checagem, geram neoplasias.
Erros na meiose: erro de separação de cromossomos.
Exemplo: Síndrome de down > trissomia do cromossomo 21
               Síndrome de patau > trissomia no cromossomo 13
               Síndrome de klinefelter > cromossomo 23
Mutações: mudanças na sequência de nucleotídeos do material genético do indivíduo.
Exemplo: anemia falciforme
Diferenças entre mutações pontuais e aberrações cromossômicas, ou seja, síndromes (erros na meiose)
Agente mutagênicos: químicos, radioativos e virais.
Câncer = mutações nas proteínas de controle do ciclo celular.
Nem sempre as mutações são prejudiciais e trazem problemas, às vezes, podem surgir características úteis.